A Demonstrativo de Resultado do Exercício (DRE) é uma ferramenta essencial para avaliar a rentabilidade de uma empresa de crédito. Você sabe como usar a DRE na prática para identificar qual empresa está obtendo maior rentabilidade em seu setor?
Continue lendo para obter uma compreensão aprofundada deste assunto.
Antes de mergulharmos nas estratégias para avaliar a rentabilidade das empresas de crédito, é importante entender o que é a DRE. Esta ferramenta financeira detalha os resultados das operações de uma empresa durante um período específico, geralmente um ano.
A DRE fornece uma visão clara de como a empresa gera receita, quais são seus custos e despesas operacionais, e, finalmente, qual é o seu lucro líquido. E como fornece uma visão clara de como a empresa está gerando lucro ou prejuízo, a DRE é considerada como narrativa financeira que não apenas revela a saúde da empresa, mas também sua capacidade de gerar lucros de forma consistente.
Se você está considerando atuar no mercado de crédito, já deve ter pesquisado suas possibilidades de atuação, com destaque para as Empresas Simples de Crédito, Factorings, Securitizadoras e Mini Bancos, certo?
Para podermos analisar qual dessas modalidades é mais rentável, precisamos definir parâmetros de comparação. Como exemplo, vamos usar o Mini Banco e a Factoring. Então, imagine a seguinte situação:
O primeiro passo para avaliar a rentabilidade das empresas de crédito é coletar os e simular os DREs dessas empresas. Com base nas premissas indicadas acima, insira os dados em uma planilha para poder simular.
Agora que você tem os DREs das empresas, é hora de analisar as receitas. Olhe para as fontes de receita de cada empresa de crédito. Na essência, serão os valores provenientes das operações de crédito, podendo incluir também recompra de títulos, prorrogações, juros sobre atrasos, multas, taxas de serviço, tarifas, entre outros. Compare as receitas totais de cada empresa para identificar aquela que gera mais receita.
Em uma Factoring, o único produto ofertado é a antecipação de recebíveis, já no Mini Banco, você também pode ofertar empréstimos e financiamento, ampliando suas possibilidades de geração de receita.
Além das receitas, é fundamental analisar as despesas. As despesas podem incluir salários de colaboradores, como analista de crédito, assistente financeiro, honorários advocatícios e contábeis, custos operacionais, despesas de marketing, entre outras. Compare as despesas de cada empresa para determinar aquela que tem um melhor controle de custos.
Em um Mini Banco, o custo de remuneração das debêntures pode ser lançado como despesa financeira dentro da DRE, mais para frente, explicaremos por que isso é importante.
Para fazer os lançamentos corretos na DRE, é necessário conhecer a fundo a tributação dessas estruturas de crédito. Embora as duas soluções tenham a mesma base tributária — o Lucro Real e recolham os mesmos impostos, como PIS, Cofins, IRPJ e CSSL, os Mini Bancos, que operam por meio da estrutura de securitizadoras, seguem sua legislação específica, permitindo otimizações tributárias.
A Lei 14.430/22 institui o marco legal da securitização de créditos, e traz regras e instrumentos capazes de fomentar operações de securitização. Esta lei consolida os avanços trazidos pela MP 1.103 que beneficiam as companhias securitizadoras no cálculo de incidência de PIS e Cofins.
Entre os principais diferenciais, está a possibilidade de lançar a remuneração das debêntures como despesa financeira, conforme abordado no tópico acima. Essa despesa pode ser utilizada para diminuir as alíquotas de PIS e Cofins e o resultado disso é uma economia tributária considerável.
Antes de partir para a análise dos resultados, precisamos conceituar algo que você deve observar na sua DRE, a margem de lucro. A margem de lucro é um indicador-chave da rentabilidade de uma empresa.
Com as receitas e despesas lançadas, bem como todos os impostos e demais pontos, é hora de comparar os resultados. Entre os pontos que você deve avaliar estão: a alíquota efetiva total, os custos operacionais e o resultado.
Lembre-se de que, ao comparar a margem de lucro você ainda não terá o resultado da sua operação, afinal, na solução de Mini Bancos, se o seu capital for próprio e não de terceiros, a remuneração das debêntures deve ser somada à sua margem de lucro.
Se você deseja acessar o comparativo completo entre as soluções de Factoring, Securitizadora e Mini Bancos, acesse nosso material gratuito. [link: https://conteudo.bankme.tech/pt-br/acesse-o-comparativo]
A margem de lucro é uma medida de rentabilidade que expressa o Lucro Líquido como uma porcentagem das Receitas Totais. Ela ajuda a entender quanto de cada real de receita se transforma em lucro.
Fórmula: Margem de Lucro = (Lucro Líquido / Receitas Totais) * 100
Após calcular a Margem de Lucro é importante comparar os números das diferentes empresas de crédito. A empresa com a maior margem de lucro é geralmente a mais rentável.
Lembre-se de que a rentabilidade não é o único fator importante. Considere também a qualidade da carteira de crédito, a gestão de riscos e outros fatores específicos do setor em que as empresas atuam e se a rentabilidade é sustentável a longo prazo. Às vezes, empresas podem ter picos de lucro temporários que não são indicativos de uma rentabilidade sólida a longo prazo.
Com o balanço do seu Mini Banco em mãos, você pode avaliar também outros indicadores, como o Retorno sobre o Ativo (ROA). Esse indicador fornece informações adicionais sobre a eficiência operacional e a utilização de recursos pela empresa.
Fórmula: ROA = (Lucro Líquido / Ativos Totais) * 100
Lembre-se de que uma análise completa deve considerar outros fatores, como liquidez, solvência, eficiência operacional e estratégia de negócios.
No mundo dos investimentos, a confiança é o motor que impulsiona o sucesso. Quando se trata de empresas que oferecem serviços de crédito, a credibilidade se torna um ativo inestimável. Afinal, os investidores depositam seu capital naquelas empresas que demonstram transparência e estabilidade financeira. É neste contexto que o Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE) se destaca como uma estratégia fundamental para conquistar e manter a confiança dos investidores.
Para atrair a confiança dos investidores, institucionais ou individuais, é essencial reconhecer que eles buscam evidências sólidas de que a empresa na qual desejam investir é financeiramente sólida, com potencial de crescimento. Uma DRE bem elaborada fornece de forma clara e sucinta essa evidência.
Os investidores dão importância à credibilidade para ter a certeza de que estão investindo em uma empresa transparente e comprometida em oferecer oportunidades. O DRE desempenha um papel crucial ao atrair e manter investidores conscientes, e isso acontece da seguinte maneira:
Além de ser uma excelente ferramenta para identificar o melhor modelo de negócio para quem quer operar no mercado de crédito, o DRE também contribui ativamente para as tomadas de decisão da empresa.
As informações obtidas por meio dessa ferramenta permitem uma visão muito mais clara das características do seu negócio, encontrando pontos críticos, facilitando um controle maior das despesas, identificando novas oportunidades de operação, entre diversas outras possibilidades.
Dessa forma, é possível estabelecer planos e metas baseadas em dados, gerando uma perspectiva plena de tudo o que envolve seu negócio.
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