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Janeiro 5, 2024
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Operação Comissária: vilã da inadimplência?

Entre as diversas modalidades de crédito disponíveis do mercado, a antecipação de recebíveis definitivamente merece destaque. 

Essa ferramenta tem papel essencial na economia, ajudando a fomentar recursos para empresas por meio da antecipação de notas, cheques, duplicatas, entre outros.

Ao aprofundarmos no contexto da antecipação, descobrimos que existem diversos formatos de operação, desde os populares Risco Sacado e Risco Cedente, até as operações em tranche e as comissárias, que serão tema deste artigo. 

Aqui, vamos entender o que são as operações comissárias, seus benefícios e os riscos envolvidos, ajudando você a compreender a importância delas para a saúde financeira das empresas. 

Entendendo a operação comissária

Primeiramente, vamos esclarecer o conceito de antecipação de recebíveis:

Antecipação de recebíveis é uma linha de crédito que concede recursos a uma empresa (cedente), por meio do adiantamento de títulos de suas vendas realizadas a prazo, descontando o deságio.

Em outras palavras, é uma operação de crédito onde uma empresa que vendeu à prazo, solicita uma antecipação a uma securitizadora, factoring ou FIDC, descontando um valor de remuneração da operação, em troca de receber esse recurso à vista. 

Sua principal finalidade é oferecer crédito rápido e facilitado, sem gerar endividamento, proporcionando equilíbrio para o fluxo de caixa da empresa cedente. 

Como dito anteriormente, a antecipação contempla diversos tipos de operações, que se diferenciam essencialmente pelo risco e pela capacidade de recompra do título em caso de inadimplência. 

As operações de Risco Sacado, concentram a análise de crédito na capacidade de pagamento do sacado, independente da qualidade do cedente. 

Já as operações de Risco Cedente, concentram a análise de crédito na capacidade de recompra do título pelo cedente em caso de inadimplência do sacado.

As operações em tranche são as operações semelhantes ao Risco Sacado/Cedente, mas utilizadas quando o produto ainda não foi entregue, ou seja, quando a operação ainda não foi performada.

E por fim, chegamos ao tema de hoje, a operação comissária. 

Essa operação é muito utilizada quando o sacado, ou seja, o comprador, não admite pagamento em conta de terceiros (como na conta do Mini Banco). 

Nesses casos, o título é antecipado “na confiança” de que, assim que o cedente receber o dinheiro em sua conta, ele vai transferir os recursos para a empresa de crédito que realizou a antecipação.

É por esse motivo que na operação comissária, o risco da operação se concentra no cedente, que possui poder de recompra do título no caso de inadimplência do sacado. 

Quais os riscos envolvidos

Por se tratar de uma operação que é antecipada na base da confiança, naturalmente ela oferece riscos para as empresas de crédito. 

Imagine que sua financeira antecipou uma duplicata no valor de R$100.000 e que, depois de 45 dias, quando a nota seria paga pelo Sacado para o Cedente, os recursos não entraram na sua conta. 

  • O que pode ter acontecido?
  • O produto não foi entregue?
  • O sacado pediu prorrogação do título?
  • Ele decidiu não pagar?
  • Ou o cedente agiu de má fé e não transferiu os recursos para sua empresa? 

Neste cenário, você não pode entrar em contato com o sacado e perguntar o que houve, pois seu único vínculo e contato, é com o cedente.

Independente do motivo, a realidade é que você está lidando com um cedente inadimplente. 

Não ter acesso a conta onde os recursos deveriam ser depositados pode dificultar e muito a gestão desta operação e trazer transtornos para sua financeira.

Operação comissária é a vilã da inadimplência?

Se por um lado essa operação representa riscos, por outro lado, ela é de extrema importância para o fomento ao crédito na economia nacional.

Existem no mercado diversas grandes companhias que não admitem pagamentos na contas de terceiros, ou seja, a antecipação dos seus títulos junto a instituições de crédito.

Estas mesmas companhias costumam praticar longos prazos de pagamento, a partir de 30 dias, podendo chegar a mais de 180 dias. 

Mas como ficam os cedentes que não sustentam prazos muito longos para recebimento? É justamente para suprir essa demanda que existem as operações comissárias. 

Considerando todo este cenário, é possível afirmar que as operações comissárias são, de fato, as maiores vilãs da inadimplência de uma empresa de crédito? A verdade é que não!

A maior inimiga do seu índice de inadimplência é a concessão de recursos fora da política de crédito. 

Daí a importância de estruturar sua política de crédito antes de iniciar a operação, pois é este documento que serve de guia para a análise de crédito. É ela que indica quanto é seguro conceder recursos para determinado cedente, de acordo com a estrutura, documentos e diversos outros fatores.

Vale lembrar que apesar de parecer complexo à primeira vista, existem diversas formas de mitigar os riscos da operação comissária, como veremos a seguir. 

Mitigando riscos 

Além de pautar suas operações em uma forte política de crédito e ter análises coerentes e assertivas para orientar a tomada de decisões, existe uma ferramenta que veio para trazer mais segurança para as operações comissárias.

Trata-se da conta escrow! Uma conta que é de titularidade do cedente, mas que é gerida pela securitizadora ou factoring que realizou a antecipação. 

Com isso, o sacado paga para o cedente, mas quem tem acesso ao dinheiro é o financiador, aumentando o nível de segurança da operação.

Conheça o Mini Banco

No Mini Banco, solução criada pela Bankme, é possível contar com suporte total para realizar operações de antecipação com mais segurança.

Além de ajudar na parametrização da política de crédito, os especialistas dessa fintech também são responsáveis pela análise de crédito, proporcionando uma visão estratégica para os banqueiros. 

Os Mini Bancos da Bankme também contam com a possibilidade de utilizar a conta escrow para minimizar os riscos da sua operação. 

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